Os mais felizes

A propósito do post que escrevi ontem sobre os meus filhos, lembrei-me de uma conversa com uma mãe que me gabava os filhos. Que tinham boas notas, que eram bons atletas. Eu respondi: Os meus filhos não são os melhores em nada. A outra mãe ficou muito espantada.

Eu nunca fui (nem sou) aquele género de mãe que gaba os filhos. Perdoem-me filhos.

Não é que eu não gostasse, mas não os gabo porque sei que os meus filhos não são os melhores em nada. Não são os melhores alunos, não são os melhores atletas (das mil e umas actividades extra curriculares que já experimentaram), nem tão pouco têm algum tipo de capacidade que os faça sobressair dos demais. São do mais razoável que pode haver. Alunos razoáveis, atletas razoáveis e até têm um comportamento razoável. A sério.

Contudo, são os melhores para mim. São meus. E digo-lhes isso milhentas vezes. Por dia. Que os amo. Que os amo muito. Que são meus. Que os vou amar sempre. Com todos os defeitos deles. E com os meus. Para lá da morte. Haja o que houver e aconteça o que acontecer. Que para mim os desenhos deles são os mais lindos. Que não faz mal se se engaram no sarau. Para a próxima sai melhor. Que não faz mal se tiveram negativa. Há sempre o próximo teste. O importante é darem sempre o seu melhor. Sempre o seu melhor.

Queridos filhos, não espero, de forma alguma, que sejam os melhores no que quer que seja. Isso não existe, há sempre alguém melhor que nós.

Espero que as vossas escolhas sejam sempre de acordo com o que voçês esperam da vida, e não de acordo com o que os outros esperam de voçês.

Espero que se sintam livres para escolher.

A única coisa que eu espero é que sejam, sempre, os mais felizes!

Da mãe, com amor