sexta-feira, 22 de julho de 2016

E se me acontecer alguma coisa?




Para uma pessoa que escreve com a alma nos dedos, tenho muita dificuldade em falar sobre certos assuntos. Não sei explicar, não é que não tenha vontade de falar, mas as palavras morrem-me na garganta. Não saiem. Por isso escrevo!

Nem sei porque me lembrei disto hoje, talvez seja das limpezas e do cansaço, mas pronto lembrei-me e o melhor mesmo é exorcizar... Um assunto que me atormenta, e, acredito, que atormenta todas as mães, é pensar o que seria dos meus filhos se me acontecesse alguma coisa (a mim e ao pai, claro!).

Às vezes em conversa com amigas, quando o assunto vem à baila, dizem-me: "Não te preocupes, os teus filhos já são crescidos! Qualquer pessoa tomava conta deles".

Não posso estar mais em desacordo. Quando são bebés qualquer pessoa cuida. O bebé faz-se à pessoa e a pessoa faz-se ao bebé. Quanto mais crescidos pior. Penso que seja um pouco como as adopções.

É que quando são pequenos a preocupação é alimentá-los, mantê-los saudáveis, felizes e mimá-los... pouco mais! À medida que vão crescendo, a todas estas tarefas acresce aturar o mau humor, más respostas e telhas. Aturar má notas e preguicites agudas. A desarrumação e a falta de vontade de colaborar nas tarefas de casa. A lista é infindável e a idade do armário dura uma eternidade! Só mesmo mãe e pai é que tem paciência!

E depois acresce a isso tudo serem três! Não suportaria que os separassem.

É mesmo só um desabafo e posso sempre culpar o adiantado da hora!


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